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Bolsonaro e o jogo eleitoral


   P'ra quem ainda tinha dúvida sobre o papel do partido político e a importância do sujeito político que se filia, o senador piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do partido Progressistas (ex-PP), mostrou p'ra que servem um e outro. A informação de que o partido vai apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...), dada pelo próprio líder maior do ex-PP, quando faltam ainda 2 anos, mostra o jogo de interesses que é uma eleição presidencial (pelo que se sabe de outros exemplos, em todo o mundo). Na verdade, uma desavergonhada troca de favores e serviços, em prol de uns e contra outros, sem razões morais.
   Pois é: o senador não está preocupado se o presidente é ou não um bom chefe de Estado; um bom chefe de Governo; se está ou não desempenhando bem a função; se corresponde à sua missão de responsável pelo país e o seu povo. Claro que não! Se assim fosse, não seria o que está sendo, ô senador! E então? Como vai ser? É continuar como está p'ra ver como é que fica? Não seria o correto! Afinal, cá entre nós, o que será que o presidente do Progressistas sabe e nós não sabemos sobre o que faz o presidente da República? Hein? Estranho! Pelo que a gente lê todo dia, o que ele sabe fazer é confusão! E, sempre, aglomerações! 
   O piauiense Ciro Nogueira deve ter um bom trunfo na manga da camisa. Ele se deu bem com o ex-presidente Michel Temer e, também, está se dando com o Boçalnaro. O incompreensível, agora, é essa admiração pelo capitão que ele diz apoiar a reeleição, em 22. Será que é dinheiro na conta? Ele já é muito rico, mas um pouco mais (ou muito mais) nunca é demais! É o jogo, né? E o resto, como é que fica? Certamente, ele confia no taco, que até agora tem acertado na bola 7. O importante, agora, é o senador não perder a parte dele nesse jogo da sucessão.
   Vamos ensaiar um pouco o jogo em questão; vamos raciocinar friamente sobre o assunto: o presidente da República precisa mesmo ser um bom chefe de Governo e bom chefe de Estado? Precisa mesmo ser responsável pelo país e o seu povo? E desempenhar bem sua função? P'ra esse jogo, a resposta é NÃO! Precisa, mesmo, é praticar bem o toma-lá-dá-cá e manter maioria no Congresso (no caso, relacionar-se bem com o 'centrão'); concentrar força política e, assim, manter a liderança; angariar cada vez mais apoio popular; e, obviamente, adotar medidas popularescas, não esquecendo, porém, de que lideranças políticas regionais são da maior importância e merecem prestígio palaciano, não é, ô senador Ciro?   (et)    

  

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