O presidente da Câmara dos Deputados, o democrata Rodrigo Maia, reafirmou nesta 2ª feita à noite, em entrevista à TV Cultura, que não vai colocar na pauta do plenário, por enquanto, nenhuma das propostas de impeachment do presidente da República já apresentadas. É direito dele, como presidente da casa, né? Quer dizer: o presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) pode continuar a dar suas mancadinhas - e mesmo crimes de responsabilidade (como já houve) -, que o aparentemente inexpressivo partido Democratas não vai incomodá-lo agora.
Há quase 5 anos, pareceu ousadia o DEM querer a presidência da Câmara, e, agora, que tem também a do Senado, pode vangloriar-se de poder deixar á vontade o presidente da República. O DEM pode até perder a Câmara em breve, mas a tendência de sucessão mais forte indica que será do centrão o eleito. Aí, continua tranquilo o presidente Boçalnaro, que vai continuar suas investidas quase diárias na defesa da cloroquina como o remédio ideal contra o coronavírus e praticando seus passeios por Brasília - sem máscara -, espalhando o vírus nas aglomerações.
Rodrigo Maia alega que não pode colocar em discussão nenhuma das propostas de impeachment do presidente, porque, se o fizesse, iria transformar o plenário da Câmara dos Deputados em um palco diário de debates e constantes discussões infrutíferas entre dois blocos que, inevitavelmente, se formariam: contra a cassação e a favor. E, nesse caso - prevê Maia -, outros debates muito mais necessários e discussões de temas realmente mais importantes seriam adiados. Ele disse que pode aguardar o momento mais oportuno, pois não existe um prazo regimental para discutir "as dezenas de propostas de impeachment que nós já recebemos". (et)
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