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Mostrando postagens de dezembro, 2019

"Fundão" - Veto(?)

   O presidente Jair Bolsonaro - devo tratá-lo assim; é Lei - disse anteontem que vai vetar o Fundo Eleitoral que o Congresso Nacional havia acabado de aprovar, no valor de 2 bilhões de reais e não de 2,8 bi que havia sido a proposta inicial do Executivo ao Legislativo. Ora, ora, se o chamado 'Fundão' foi levado aos deputados federais e senadores, pelo próprio chefe do Executivo, com valor bem maior que o aprovado, por que Sua Excelência chamou a nova legislação de 'uma vergonha' e de assalto à coisa pública? Nossa senhora da letra miúda, então o hoje presidente da República Federativa do Brasil, que governa mais de 200 milhões de pessoas, em 27 unidades da federação - que poder, hein? - manda projetos para o Congresso ao seu bel prazer? Sem ouvir sua assessoria? Só p'ra, depois, igual menino mimado choramingando pelos cantos, reclamar que foi abandonado pela mãe? Ah, não, gente, que cara de pau... Aliás, não, custa repetir: é preciso mesmo muita cara de pau p&

Ditadura militar; o sonho

   O presidente Jair Bolsonaro - devo tratá-lo assim; é Lei - não confirmou nem desmentiu, ontem, na entrada do Palácio da Alvorada, sobre a volta do ensino de 'Educação Moral e Cívica' nas escolas brasileiras. Apenas disse - em resposta a uma jornalista que havia perguntado - que "tem coisa que só podemos mudar em 2022". Quer dizer: indiretamente, deixou antever a possibilidade da volta dessa disciplina, como se ela fosse (o dito da roça) "a salvação da lavoura". Que nada, presidente, ela será a volta do estudo de normas ditatoriais nas escolas, como foi durante a ditadura militar, que, aliás, é o seu sonho, né? Outra afirmação, do presidente eleito, que indica o seu sonho de manter uma ditadura no Brasil, inclusive ditando o que deve e o que não deve ser lido no país, foi o reforço dado a críticas anteriores a autores conhecidos, com foi em relação ao educador Paulo Freire. Ele disse o seguinte, como que responsabilizando o autor pela situação da educ

Registros extintos; leis sem valor

A Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro - devo tratá-lo assim, é Lei - que extingue os respetivos registros de 13 profissões regulamentadas em lei e que tramita no Congresso Nacional desde o último dia 11 - já recebeu quase duas mil emendas e, como informou o ex-ministro  Aldo Rebelo, corre o risco de ser rejeitada pelo Legislativo federal e devolvida ao Executivo''isto é: possivelmente não seja aprovada e, então, a MP editada perca o seu efeito e, mesmo assim, o que ocorreu nos dias em que permaneceu válida continua tendo efeito legal. Ou seja: a vontade de uma pessoa (se chefe de Estado ou não, é pessoa, sim, indicada para a função por um deslize eleitoral de uma comunidade despreparada) supera as vontades de muitas que formavam o colégio autor daquele registro ali extinto.   Pois bem, caros leitores, o atual presidente (soluços chorosos) da República Federativa do Brasil, que representa os mais de 200 milhões de moradores de 27 unidades da federação (atente

PM, carro passeio; CNH, não

Êta paizinho baixo minino! (O diminutivo não é de pai, não; é de país mesmo). Pois vejam: no dia 4 deste mês, na capital do Maranhão, u'a caminhonete foi liberada de uma blitz de trânsito sem qualquer tipo de incômodo (nem mesmo u'a multinha) e o rapaz que dirigia o veículo saiu tranquilamente sem nem agradecer. Certamente, 'tava tudo bem, né? Mas não 'tava, não! Talvez aí a razão de somente nesta sexta-feira o assunto ter chegado à Secretaria de Segurança Pública e ao Quartel da Polícia Militar do Estado. Ora, seria até cômico, se não fosse trágico! Não vamos estranhar, gente: o condutor era filho de um já conhecido coronel PM de lá. E de quem era o veículo? Ora, era da PM. E o rapaz foi chamado de 'condutor' porque não tinha habilitação legal - CNH.    Gente, isso aí não é enredo de conto infantil, não. É o retrato de uma realidade em São Luís do Maranhão, capital de uma unidade da federação, que, conforme o noticiário deste final de semana, está agora

Profissionais sem valor (?) NÃO!

 O presidente Jair Bolsonaro - devo tratá-lo assim; é Lei - mandou encaminhar ontem (sábado). ao Comitê Gestor  do Simples Nacional, a revogação da sua última mancada - a exclusão de 14 categorias profissionais do programa MEI (Microempreendedor Individual) -, e o Comitê informou, ainda no sábado, que vai pedir a revogação da medida. Ô, presidente, que vergonha! Não precisava esse tipo de censura pública. Era só botar a mente p'ra funcionar, e saber que é mancada de alto grau retirar a cidadania desse monte de gente. E a mancada não seria só por diminuir a receita previdenciária (já pedindo socorro, né?)    Seria, principalmente, por não ter a quem recorrer para garantir a falta dessa proteção às pessoas que trabalham sem empregador e sobrevivem às custas de uma contribuição mensal que não as sacrifica seriamente, mas só em parte. Sim, Sr. presidente, por que essa discriminação desmesurada? Como iria o seu governo proteger tanta gente, especialmente num momento em que já está

Idiota: ser ou não ser - a questão

   O presidente Jair Bolsonaro - devo tratá-lo assim; é Lei - chamou de "idiota", nesta quinta-feira, a deputada Joice Hasselman (PSL-SP), que foi líder do seu governo na Câmara dos Deputados, até dias atrás, porque ela denunciou os 3 filhos dele como líderes de uma quadrilha, num depoimento a uma CPI, com atuação dentro do Palácio do Planalto. Ora, capitão, desculpe-me a ousadia, mas não pode ser chamada de 'idiota' a pessoa que faz denúncia desse porte. Ela até poderia ser idiota, mas pela envergadura da acusação. No entanto, creio seja ela muito corajosa e, com certeza, portadora de boas provas, em especial tendo sido líder do governo e, então, sabedora de muitas coisas "boas".     Mas, analisando a notícia por outro ângulo, vejamos quem seria - realmente - idiota nesse caso: a ex-líder o seria por que? Por denunciar 3 políticos do seu Estado que são filhos do presidente da República? Ora, se real o caso, é  muuiiito sério, mas muuuiiito mesmo. E os

De novo, Comunicação Social é ...

   Irritante, né? Já desabafei sobre isso, aqui neste blog, algumas vezes. Podem achar esquisito - como já me disse uma pessoa querida -, mas não me canso de afirmar que me irritam erros e\ou falhas nas matérias jornalísticas publicadas nos meios de comunicação (a maioria de Teresina, que leio todo dia porque vivo aqui já há mais de 10 anos). E  mais de uma falha no mesmo dia torna-se duplamente irritante, como é este caso. E por quê? - perguntará o leitor, especialmente se estagiário da profissão,  porque a falha deve ter sido do editor, que, antes de liberar a matéria para divulgação, tem de corrigir o(s) erro(s) do repórter e botar título. Do repórter, admite-se erro desse tipo (concordância nominal/  verbal). Intolerável, em princípio, mas vamos lá... Do editor, porém, é querer muito, não é?    Pois bem: os títulos irritantes foram estes:  "Renovação de matrículas (...) vão até 6 de dezembro" e "Governo começa a pagar R$1,13 bilhão em obras em atraso". O