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Pandemia\ Covid\ cloroquina


   O presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) insiste, insiste e não desiste. Lá no seu íntimo, talvez ele nem queira que acabe esse episódio da pandemia que todo o mundo vive por causa da covid-19. Sim! Ele parece querer que continue a busca do remédio ideal, porque, assim, continua sua intensa campanha pela adoção da cloroquina contra o coronavírus. O capitão não para de propagar. Neste domingo que passou, por exemplo, no passeio matutino - de moto e sem máscara - que deu nos bairros do Lago Sul e Norte de Brasília, não perdeu a oportunidade de perguntar, na farmácia onde parou, se tinha o remédio e quanto custava. Com a resposta positiva, ele completou em tom quase vitorioso: "Ótimo! E 'tá barato!"
   Ô, presidente, por enquanto, tem sido sorte sua aquele treinamento de atleta que teve no quartel, sempre indicado como razão de o organismo não se abater com "uma gripezinha" como essa. Cuidado, ô capitão, esse sarcasmo pode virar lamento (não é praga, não!), pois não existe prova científica de que o remédio tão recomendado seja a solução, mas, pelo contrário, já foi citado como provocador de efeitos colaterais. Pois é: o Boçalnaro não quer lembrar-se de que a maioria dos brasileiros hoje adultos não teve a educação do lar e escolar que ele teve. Grande parte dessa maioria - subnutrida desde o útero - passou a infância e a juventude mal alimentada. E entre os adultos, muitos não foram à universidade. 
   Enquanto isso, quando a população - no Brasil e no mundo - continua dando vez ao azar e não segue a orientação de isolamento social e de evitar aglomerações, como tem sido comum em muitos lugares, o coronavírus continua deixando sua marca com mais uma cruz em algum cemitério, seguida do choro de mais uma família que não acompanhou o sepultamento de um ente querido. Aí, raciocinando friamente, vem a constatação do absurdo: o presidente continua levando tudo na valsa, brincando de esconde-esconde ou de quem acha o brinde (remédio), dando mostra de que nem sequer se preocupa se vai ou não morrer mais quantos.    (et)
 
    



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