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Bolsonaro\ Malfeitor da humanidade

   O prersidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar) é considerado malfeitor da humanidade por um grupo de entidades sindicais brasileiras, que, no domingo\26, moveu ação contra ele, no TPI (Tribunal Penal Internacional) de Haia (Holanda), acusando-o de crime contra a humanidade. Por exemplo, a Rede Sindical Brasileira Unisaúde, formada por associações de saúde e que representa mais de um milhão de trabalhadores, acusa Boçalnaro de "falhas graves e mortais" no combate à covid-19, adotando u'a "postura negligente e irresponsável", fazendo com que o Brasil chegasse "à marca de mais de 80 mil mortes por essa doença". 

  A Unisaúde é coordenada pela UNI-Americas, braço regional da UNI-Global Union, federação sindical que representa mais de 20 milhões de trabalhadores em saúde, em cerca de 150 países. O secretário regional da UNI-Americas, Marcio Monzane. acha que "buscar a Corte Internacional é uma medida drástica", mas que "os brasileiros enfrentam uma situação extremamente difícil", Para ele, o Governo do Brasil "deveria ser considerado culpado por sua insensível atuação na pandemia e por deixar de proteger os trabalhadores da saúde".  

   Além da Unisaúde, responsável pela ação, também assinaram o pedido representantes da União Geral dos Trabalhadores, da Central Única dos Trabalhadores e da Nova Central Sindical, além de movimentos sociais como por exemplo o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. A  representação baseia-se no Estatuto de Roma, que define crimes considerados internacionais, como o genocídio e a tortura. As entidades sindicais alegaram que Boçalnaro  cometeu, sim, crimes contra a humanidade quando se recusou a adotar medidas que, conforme a ação, "visavam a proteção da população brasileira em meio à pandemia".

   As signatárias da ação afirmam que o presidente brasileiro "colocou em risco a saúde da população do seu país, promovendo aglomerações sem uso de máscaras e fazendo propaganda de medicamentos como a hidroxicloroquina", já que, conforme a denúncia, "o maior estudo feito no país sobre a substância não indica que ela tenha eficácia no tratamento da doença". A ação reclama também de que "o Brasil está há mais de dois meses sem um titular na pasta da saúde, no meio da maior crise do último século na área sanitária".       (et) 


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