O presidente Jair Bolsonaro (ufa! Vai passar) fez neste sábado nova exibição do remédio hidroxicloroquina como a salvação, depois de dois espetáculos ridículos: em um, há duas semanas, em frente a um amontoado de gente na entrada do Palácio da Alvorada, ele ergueu u'a caixinha do medicamento como um trofeu, e em outro, há 3 dias, no jardim do palácio, ele mostrou seu trofeu a u'a ema, que, pelo jeito, pensava: "Pô, esse cara quer o quê?" Neste sábado, na mesa do café da manhã, ao anunciar que, depois de 20 dias, testou negativo para o coronavírus, mais uma vez a caixinha do hidroxicloroquina foi o trofeu exibido.
Esse foi o quarto teste feito por Boçalnaro após ser diagnosticado com a covid-19, no final da 1ª semana deste mês. Desde que anunciou sua contaminação, o presidente só participou de agendas oficiais por videoconferência. Ele aceitava reunir-se pessoalmente apenas com auxiliares que já tiveram o vírus. E, nos últimos dias, o capitão passou a caminhar até a entrada do Palácio da Alvorada, nos finais de tarde, para acompanhar o arriamento da Bandeira Nacional. Entretanto, mesmo separado do público presente por um espelho d'água, o presidente Boçalnaro provocava aglomeração de gente em frente ao palácio.
Desde o início da pandemia, Boçalnaro busca minimizar os impactos da covid-19 e tratar como exageradas algumas medidas adotadas em outros países e também por governadores e prefeitos brasileiros. Ele provocou aglomerações, muitas vezes sem uso da máscara para evitar o coronavírus, e sempre recomendou usar hidroxicloroquina, medicamento, porém, sem efeito comprovado para a covid-19 e que pode trazer efeitos colaterais. O capitão costumava sair sem máscara, cumprimentar todo mundo, ate com abraços e beijos, e acabou contaminado. Agora, recuperado, sua assessoria espera mais atenção e cuidado. (et)
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