Ééé... Brincando, brincando, o Centrão e o presidente Jair Bolsonaro (ufa, vai passar) vão marcando ponto na corrida para as eleições municipais deste ano não serem adiadas. Olh'aí quem disse, quando foi eleito, que o projeto de toma-lá-dá-cá era um jogo sujo e não seria adotado no seu governo, hein! Pois é: os prefeitos do Centrão movimentam-se bem para barrar o adiamento do pleito, com todo o apoio do presidente Boçalnaro. Verdade que a emenda constitucional mudando a data (em razão da pandemia do coronavírus) já foi aprovada no Senado Federal, mas precisa ainda passar na Câmara dos Deputados, onde não há acordo e o Centrão já avisou que não dará os votos pra aprovar essa matéria.
O Senado aprovou que as eleições de novos prefeitos e vereadores sejam em 15 de novembro - 1º turno - e 29 de novembro - 2º turno -, mudando o atual calendário, nos dias 4 e 25 de outubro. Os parlamentares contra a mudança alegam que adiar a votação não garante que a pandemia seja controlada nesse ínterim. Porém, na prática, parece que essa resistência teria outro motivo: muitos contrários acham que passar as eleições para 15 de novembro (Proclamação da República) iria, na verdade, era beneficiar os adversários e dar mais tempo para que candidatos rivais se organizem e façam campanha, mesmo de forma virtual, de modo que, com o debate dificultado, quem já está no cargo leva vantagem.
A tendência, realmente, não indica possibilidade concreta de aprovação, na Câmara, do adiamento das eleições municipais deste ano. Notem que dois partidos fortes do Centrão, o Progressistas e o Republicanos, já se manifestaram contra a nova data dessas disputas, e o PL, também, tende a tomar esse rumo; o DEM encontra-se dividido sobre o assunto; e o MDB liberou sua bancada para votar como quiser. Outro indicativo: o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, já admitiu dificuldades para o adiamento das eleições, citando u'a forte razão: “Não há consenso". Para ele, "a única certeza é de que a gente precisa dialogar mais sobre isso". Maia frisou que "é preciso manter as eleições municipais no dia 4/10, para podermos avançar o mais rápido possível na pauta das reformas".
Um forte membro do Centrão, o deputado paulista Marcos Pereira, que é vice-presidente da Câmara e comanda o Republicanos, comentou que, "ao postergar as eleições, fatalmente o Congresso vai demorar mais para atacar sobretudo os temas econômicos”. Como se sabe, o Centrão dá as cartas na Câmara porque controla quase metade dos 513 votos da casa. E, para que o adiamento do pleito municipal seja aprovado, é preciso o apoio de 308 deputados, em duas votações. Isto é: sem o aval do Centrão, é quase certa a derrubada da proposta, votação em que Rodrigo Maia ainda vai marcar a sessão. (et)
Um forte membro do Centrão, o deputado paulista Marcos Pereira, que é vice-presidente da Câmara e comanda o Republicanos, comentou que, "ao postergar as eleições, fatalmente o Congresso vai demorar mais para atacar sobretudo os temas econômicos”. Como se sabe, o Centrão dá as cartas na Câmara porque controla quase metade dos 513 votos da casa. E, para que o adiamento do pleito municipal seja aprovado, é preciso o apoio de 308 deputados, em duas votações. Isto é: sem o aval do Centrão, é quase certa a derrubada da proposta, votação em que Rodrigo Maia ainda vai marcar a sessão. (et)
Comentários
Postar um comentário