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Vivemos um grande risco


   Sempre é bom a gente estar ponto para comentar uma abordagem de alguém importante, que  possa interferir direta ou indiretamente na vida do cidadão, principalmente quando se tem entre nós um heroi que gosta de garantir que só ele sabe fazer as coisas certas; que não é a toa que chegou lá; que outros (sejam governadores de Estado ou prefeitos) metidos a sabidões não vão conseguir salvar ninguém da desgraça que - prevê ele - vai nos arrasar a todos se  o país continuar suspendendo suas atividades e não prestando serviços de toda espécie, como por exemplo comerciais, industriais, escolares etc. Às vezes, pode-se ter, a qualquer momento, um espetacular feito heroico digno de uma super-reportagem ou um fato que também seja (certamente sempre será) de caráter heroico, hein!
   Pois bem! Mas, enquanto o nosso herói não apronta mais uma, vamos comentar outra dele, sobre o ministro da Saúde, a quem está sempre acusando de um dos sabidões que vão arrasar a todos com a orientação de ficar em casa e evitar o vírus covid-19, por enquanto o responsável por milhares de mortes já registradas em todo o mundo. Pois é: o presidente Jair Bolsonaro (pô, é lei!) admitiu no sábado que ele e o ministro Luiz Henrique Mandeta estão "se bicando" já há algum tempo. Não falou em exonerar o bicudo nem o ministro falou em sair, apesar de ser horrível os titulares de duas funções dessa importância e que exigem bom relacionamento entre eles estarem sempre "se bicando". Aliás, na verdade, é não só estranha essa convivência, como também - e principalmente - prejudicial.
    O ministro segue orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde (é...a coisa é séria), que tem acompanhado o desenrolar da doença desde o início, há 4 meses, na China, e até chegou e qualificar a situação de pandemia. E, como o vírus (covid-19) se espalha veloz e vorazmente, a recomendação - no mundo todo - é evitar aglomerações e, assim, não dar chance p'ro vírus. E todo o mundo tem feito isso, seguindo a recomendação de não sair de casa, p'ra não se aglomerar. No Brasil, porém, tem sido em menor escala, pois o super-homem (deveria ser o primeiro a não sair) vive arrotando bacaba e dizendo que "essa gripezinha" não vai derrubá-lo. É só ele, né? O grande atleta do Exército!!!
   'Tá provado que o covid-19 (chamado coronavírus) é quase um presente de grego (todos se lembram, né? Aquele imenso cavalo de madeira, cheio de soldados gregos, que os troianos receberam de presente). Não chega bem a sê-lo porque não foi um presente, mas ele veio de avião e, pois, é uma coisa trazida por rico. Por extensão, chama-lo de "presente de grego" é aceitável. Ou seja: veio com os ricos e mata os pobres. Em países mais esclarecidos,  até que a recomendação da OMS é recebida melhor que aqui no Brasil, mas, mesmo assim, contamina muito. Por exemplo, na Grã-Bretanha, não só o príncipe Charles contraiu o vírus, como também o 1° ministro Boris Jonhson, ainda no hospital.
    Aqui no Brasil, onde o povo é menos cumpridor do isolamento social sugerido pela OMS e pelo ministro da Saúde, aumenta diariamente o número de óbitos por causa do vírus, não fugindo à onda registrada em outros países. No entanto, a rebeldia do super-homem, que também diariamente prega a sua isenção ao contágio da "gripezinha", evidentemente contribui p'ra ampliar a quantidade de lojas e estabelecimentos comerciais  e de prestação de serviços descumprindo a orientação de fechar e se recolher ao lar. Daqui a pouco, as autoridades vão acabar adotando o toque de recolher. Afinal - e o super-homem não imagina que principalmente ele contribui p'ra isso -, o risco por que passamos é o mesmo de uma guerra, e o Exército do capitão Bolsonaro não tem o poderio bélico necessário.    (et)  






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