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Presidência da Câmara\ A dúvida

 

Atenção, que o caldo pode engrossar. Rodrigo Maia, ainda presidente da Câmara dos Deputados - em disputa aberta, já há algum tempo, com o presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...), pela sucessão nas duas presidências do Legislativo federal (Senado e Câmara) -, agrediu o presidente por duas vezes, neste sábado\9, acusando-o de "covarde" na 1ª vez e afirmando que ele tem culpa na morte de mais de 200 mil brasileiros vítimas do coronavírus, na 2ª etapa da acusação. Rodrigo defende o candidato do Centrão à presidência da casa, paulista Baleia Rossi, e Boçalnaro - porém -  apoia o alagoano Arthur Lira.

Pois é: ataques de Maia a Boçalnaro agradam os deputados de tendência esquerdista, que, com isso,  tornam-se menos envolvidos por apoiar Baleia Rossi a presidente da Câmara, uma candidatura lançada há pouco tempo, ao contrário de Arthur Lira, que há muito vem falando com os colegas da casa sobre isso. Rossi tem poupado o capitão-presidente nas suas críticas e já disse que não pretende, se eleito, abrir o impeachment dele. Aliás, ele confirmou isso no domingo, ao jornal O Estado de São Paulo, e frisou que "esse não é o caminho".  

Tal posicionamento de Rossi acabou desagradando o PT, que, por estreita margem de votos, aprovou apoio ao MDBista, achando que seria por aí o começo da cassação do presidente. E quando Baleia Rossi telefonou à presidente petista, Gleisi Hoffman, ela lhe disse que ele iria perder alguns apoiamentos no partido. Ruim também para o presidente da Câmara, já que ele - Maia - lidera o bloco de partidos que apoiam o candidato do MDB a presidente. 

O certo é que, no frigir dos ovos da sucessão na Câmara dos Deputados, se a eleição fosse hoje, tudo indica que seria eleito o alagoano Arthur Lira, que, por sinal, esteve nesta 3ª feira em Teresina, e foi recebido no Palácio de Karnak pelo governador Wellington Dias. Mas o encontro foi apenas para constar, já que o PT prometeu apoio a Baleia Rossi. No entanto, no meio político piauiense, a previsão é de que Lira terá a maioria dos votos do Estado.    (et) 


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