O presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) - condenando mais uma vez a imprensa brasileira, que chamou de 'sem-vergonha' - voltou nesta 5ª feira a prever que, se tivermos votação eletrônica em 2022, "teremos no Brasil uma situação pior do que houve nos Estados Unidos", por "falta de confiança nas eleições". Ora, mas a votação no Brasil é um um sistema mais avançado que nos Estados Unidos. Por que, então, capitão Bolsonaro, será pior aqui do que lá? Aliás, quando ele foi eleito, se comportou do mesmo modo que, posteriormente, fez seu ídolo, o presidente norte-americano, Donald Trump, denunciando que houve fraude no resultado do pleito. No entanto, da mesma forma que lá, não foi comprovada a denúncia.
Boçalnaro comentou o ataque inédito à democracia americana, na 4ª feira, com a invasão do Congresso por grupos republicanos, para renovar sem provas as suspeitas que propaga sobre a votação eletrônica brasileira. Entretanto, ao contrário de outros países, que condenaram o episódio, o Brasil não se manifestou. E nesta 5ª feira, Boçalnaro voltou a dizer, no jardim do Palácio da Alvorada, que "se tivermos o voto impresso em 22, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos", apesar de autoridades americanas negarem essas fraudes.
O comandante em chefe das Forças Armadas brasileiras tentou justificar-se afirmando que, "basicamente, qual foi o problema nos Estados Unidos, a causa dessa crise toda, se não foi a falta de confiança no voto?". E Boçalnaro aproveitou p'ra lançar suas acuações: "Então, lá, o pessoal votou, e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente lá que votou 3, 4 vezes; mortos que votaram; foi uma festa lá; ninguém pode negar. E foi a falta de confiança que levou a esse problema lá. E aqui, se tivermos o voto eletrônico em 22, vai ser vai ser a mesma coisa", tentou profetizar o capitão Jair Bolsonaro.
Todavia, o capitão já term a seu descrédito u'a promessa de 2020, quando, em março, prometeu mostrar provas - "brevemente" - de fraude na eleição de 2018, em que - disse ele - deveria ter sido eleito no 1º turno, e não no 2º. Literalmente, afirmou: "Eu acredito, pelas provas que eu tenho nas minhas mãos, que vou mostrar brevemente, que eu fui eleito em 1º turno. E não é apenas uma palavra; é comprovado". Por isso - frisou - "precisamos, pois, aprovar no Brasil um sistema seguro de apuração de votos em uma eleição", concluiu.
Mas, quase um ano depois, o capitão Bolsonaro nunca apresentou qualquer evidência. (et)
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