Aqui no Piauí, o ex-senador João Vicente Claudino pode ser perseguido pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jeferson, porque já anunciou que não vai votar p'ra reeleger o presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...). Aliás, Jeferson ameaçou retaliar os dirigentes petebistas que não apoiarem a reeleição em todo o Brasil. E, p'ra dar u'a mostra da sua revolta com os faltosos, ele já chegou a até cancelar convenções que, para as eleições municipais de novembro último, aprovaram candidatos não bolsonaristas, principalmente na Bahia e em outros Estados. Agora, que se cuidem Roberto Jeferson e Joâo Vicente Claudino: briga dentro de partido não oferece, de maneira geral, u'a saída honrosa p'ra nenhum dos lados.
Pois é: Roberto Jeferson não vai - mesmo -, como já declarou, admitir que o PTB impeça a reeleição do Boçalnaro presidente, apesar de ele já ter demonstrado desapreço às funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, e ter se mantido - aparentemente - em comodidade só com a função de comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras. Roberto Jeferson falou ao jornal O Estado de São Paulo, no domingo, que queria mesmo era que Boçalnaro se filiasse ao partido, mas que, na impossibilidade, ficaria contente mantendo o PTB na sua base de apoio. Entretanto, vale observar que a brincadeira de procurar apoio já provocou desgaste.
Claro que não era intenção do presidente nacional do PTB diminuir a bancada do partido no Congresso Nacional, mas acabou perdendo muitos parlamentares, que se desfiliaram, e o PTB ficou pequeno, reduzido a dez membros no Legislativo. E, obviamente, o fundo partidário petebista foi também reduzido. Evidentemente, se Jeferson não se resguardar na sua campanha, o PTB vai continuar diminuindo. Nessas alturas, portanto, não seria mais oportuno o presidente petebista reservar-se e interromper - mesmo temporariamente - essa busca de adesões trabalhistas à reeleição do capitão, que poderá até não se efetivar? (et)
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