Parece impossível, mas é estranhamente verdadeira uma realidade das relações exteriores brasileiras, que o vice-presidente, general Hamilton Mourão, confirmou na 6ª feira\5: o presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) ainda não reconheceu a derrota do seu idolatrado Donald Trump, nos Estados Unidos, e então ainda não cumprimentou o democrata Joe Biden por ter sido eleito presidente daquele país. Até a China já parabenizou o presidente eleito, e o general Mourão acha que o capitão comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras vai corrigir essa falta do Brasil no próximo dia 14, quando será publicamente consagrada a vitória democrata, em Washington.
Quase todos os dias, o presidente Boçalnaro dá uma mancada internacional como Chefe de Estado ou Chefe de Governo, sem qualquer preocupação com isso, como se fosse natural não se importar com a imagem externa do país. Aliás, deve-se acreditar que - realmente - ele não se preocupa com isso. Quer dizer: p'ra ele, pouco interessa essa história de 'imagem do país'. Afinal, ele e os filhos (inclusive os 2 mais novos) já 'tão com a vida feita, seja qual for essa imagem. E sobre os outros que vão depender disso, 'azar deles' - deve ser o que pensa quem deveria ser Chefe de Governo e zelar ao menos pela imagem interna do país, que - embora não seja intenção - influi na externa.
Porém, cá entre nós, é preciso admitir que, no presidente Boçalnaro, além de faltar um parafuso, deve ter uns 2 ou 3 folgados. É difícil imaginar que, em sã consciência, um governante considere normal passar todo esse tempo sem cumprimentar o presidente eleito do país mais próximo física e territorialmente, além de quase continuar a ser quintal daquela super potência militar e tecnológica. E quando o Brasil precisar de uma ajuda externa, o presidente norte-americano vai esquecer esse detalhe? Mesmo não sendo nesse caso, qual será a reação dos Estados Unidos na balança comercial? Atualmente, com Trump ainda no Governo e o presidente brasileiro lambendo-lhe as botas, o Palácio do Planalto já teme uma interferência ianque, imaginemos como poderá ser com o democrata Biden.
E, p'ra piorar a situação, o presidente Trump voltou a falar publicamente neste domingo e reafirmou a denúncia de que houve fraude na eleição presidencial. P'ra nós brasileiros, seria de somenos importância tal rixa, se não fosse por um detalhe: o presidente Boçalnaro acompanha o raciocínio e a conduta do seu idolatrado Trump desde a primeira hora do pleito. Ou seja: dificilmente ele vai deixar seu ídolo político sozinho na planície. E como se comportará o novo presidente? Ora, é claro: ou o Boçalnaro veste a carapuça de derrotado sozinho (Trump não precisa; pode continuar...) e cede no que for preciso ou será tratado como deve ser um inimigo. E o brasileiro que se lasque, por ter aceitado e mantido um governante que não sabe o que é ser Chefe de Estado. Que pena, né? (et)
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