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Regina\ Bolsonaro\ (des)prestígio?


  Ora, ora! Então, a Excelentíssima Secretária Especial de Cultura da Presidência da República achou-se vítima de  "matérias tendenciosas e maldosas", feitas por jornalistas que chamou de "venenosos" em entrevista concedida no último sábado?! Porém, desde que foi nomeada para essa Secretaria, pelo presidente Jair Bolsonaro (ufa, é lei, né?), tem sido vítima - mesmo - é de gente da própria ala ideológica do governo, onde ela se acomodava bem, e de outra ala onde era muito querida (a artística), que, tal qual Sérgio Moro com a sua, largou em troca - certamente - de alguma promessa muito vantajosa.
   Realmente, a ex-namoradinha do Brasil não está assim tão prestigiada no governo, não! Vejam que o secretário adjunto da pasta, Pedro Horta, foi exonerado no dia anterior (6ª feira), sem ela saber, por decisão do ministro Braga Netto, da Casa Civil. Horta chegou à secretaria adjunta no final de abril, após ter sido chefe de gabinete de Regina. Da mesma forma (sem ela saber), o presidente da Funarte havia sido reconduzido ao cargo dias antes.
   Pois é: a superdireitona Regina Duarte, que considera normais a ditadura militar e as torturas praticadas na época, e também minimizou - na 5ª feira, em entrevista à CNN - as mortes em razão do covid-19, informou à imprensa que, em breve, "vocês poderão ver os resultados da Cultura que quero p'ro meu país, acontecendo sob minha gestão". A dúvida, porém, era se o Boçalnaro iria deixá-la na função. Ele disse que não gostava de ela despachar de São Paulo; o certo seria de Brasília. Sua exoneração não foi, pois, surpresa!
    A entrevista à CNN que Regina começou, na 5ª feira, foi interrompida por ela aos berros e agressões aos jornalistas, reclamando de que "tinha tanta coisa para falar, mas vocês estão desenterrando mortos". Ela ficou irritada porque a CNN mostrou um vídeo - enviado pela atriz Maitê Proença - pedindo soluções para a classe artística em meio à pandemia. A secretária de Cultura gritou que a Maitê tem o telefone dela, e então "não quero ouvir nada de vocês, não". Retirando-se em seguida, abandonou os jornalistas ali na sala. Ô, nossa senhora da letra miúda, que falta de tato; que desespero de causa! Pela liberdade!     (et)





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