O presidente Jair Bolsonaro (ufa, é lei, né?) já foi ferrenho crítico, quando era deputado federal, dos gastos da Presidência da República com os chamados cartões corporativos. Por exemplo, em discurso na Câmara, em 2008 (filiado ao PP), desafiou o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (ah, olh'aí o porquê da birra) a "abrir os gastos" com o cartão. E já depois de eleito, em 2018, na etapa chamada 'Governo de transição', o então coordenador do grupo e hoje ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que na gestão Bolsonaro essa forma de pagamento seria eliminada. No entanto, conforme o jornal O Estado de S. Paulo, a ideia nunca foi p'ra frente. Aliás, ao contrário, o cartão 'tá sendo muito usado!
Em dezembro último, o Estadão contou que o Governo deixou de seguir orientação do Supremo Tribunal Federal e não explica como usa o cartão corporativo da Presidência, alegando que a "abertura dos dados e notas fiscais" poderia pôr em risco o presidente. Pois é: esse cartão banca os gastos sigilosos dele, que aumentaram bem nos primeiros 4 meses deste ano. Ele informou que foi por causa dos voos à China para trazer de volta os brasileiros ainda em Wuhan. Conforme o Estadão, a fatura de janeiro a abril teve valor dobrado, mesmo as viagens tendo sido feitas em aviões da Força Aérea Brasileira.
A Presidência informou, na 2ª feira, que foram gastos R$ 739.598, no cartão corporativo, com os 3 voos à China em fevereiro deste ano. Porém, a matéria do Estadão mostrou que, em 4 meses, as despesas sigilosas do presidente Boçalnaro foram de R$ 3 milhões e 760 mil (como está no Portal da Transparência), o que representa um aumento de 98% sobre a média dos últimos cinco anos, no mesmo período. Entretanto, o próprio presidente (por twitter) - contrariando o Portal da Transparência e desmentindo "o que foi noticiado" - frisou que "fora despesas extras, nossos gastos seguem abaixo da média de anos anteriores".
Todavia, com base nas informações divulgadas pelo Estadão, muito diferente do que anuncia Boçalnaro, mesmo abatendo o valor citado por ele com os voos à China, os outros gastos sigilosos significam 59% acima da média do que gastaram seus dois antecessores no cargo, os presidentes Michel Temer e Dilma Rousseff. Mas o capitão-presidente não se conteve e voltou a criticar a imprensa. Ele falou, na entrada do Palácio da Alvorada, que "parte da operação China foi financiada com cartão corporativo meu, mas apareceu aí na imprensa eu usando o cartão para fazer festa. Falta de caráter dessa imprensa aí". (et)
A Presidência informou, na 2ª feira, que foram gastos R$ 739.598, no cartão corporativo, com os 3 voos à China em fevereiro deste ano. Porém, a matéria do Estadão mostrou que, em 4 meses, as despesas sigilosas do presidente Boçalnaro foram de R$ 3 milhões e 760 mil (como está no Portal da Transparência), o que representa um aumento de 98% sobre a média dos últimos cinco anos, no mesmo período. Entretanto, o próprio presidente (por twitter) - contrariando o Portal da Transparência e desmentindo "o que foi noticiado" - frisou que "fora despesas extras, nossos gastos seguem abaixo da média de anos anteriores".
Todavia, com base nas informações divulgadas pelo Estadão, muito diferente do que anuncia Boçalnaro, mesmo abatendo o valor citado por ele com os voos à China, os outros gastos sigilosos significam 59% acima da média do que gastaram seus dois antecessores no cargo, os presidentes Michel Temer e Dilma Rousseff. Mas o capitão-presidente não se conteve e voltou a criticar a imprensa. Ele falou, na entrada do Palácio da Alvorada, que "parte da operação China foi financiada com cartão corporativo meu, mas apareceu aí na imprensa eu usando o cartão para fazer festa. Falta de caráter dessa imprensa aí". (et)
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