Só porque o racista é deputado pode declarar-se como tal e ficar por isso mesmo? O indivíduo retirou um cartaz de uma exposição, num ato típico de revolta e com expressões raivosas, porque o autor seria "de esquerda" e fica por isso mesmo? No mínimo, estranho, né? Pois um coronel fez isso anteontem, na Câmara dos Deputados (em Brasília), porque o quadro indicava a execução de um homem negro, por um policial que tinha na mão um revólver e se afastava tranquilamente. Tradução: 'Policial executa negro impunemente'. O coronel, deputado por São Paulo, não gostou da acusação, feita na sua casa. Sim, é verdade! Mas o artista não invadiu o recinto. Foi autorizado pela Presidência da Câmara. O coronel pode ter ficado chateado pelo conteúdo, mas o presidente da casa (chegou lá não foi a toa), democrata de partido, pelo menos tem ciência de que a Constituição protege o artista.
Pois é: o deputado garantiu hoje (21/11) que faria de novo e que não está arrependido. Ele tinha ao seu lado um colega do Rio de Janeiro, que se mostrou ainda mais boquirroto. Ambos demonstraram claramente que desconhecem a Constituição que juraram cumprir. Eles são do PSL - pelo qual o presidente Jair Bolsonaro (devo tratá-lo assim; é Lei) foi eleito mas do qual já se desfiliou, que elegeu tanta gente ávida por se mostrar ao lado do presidente e garantir seus 15 minutos de fama - e certamente (sem abandonar a busca de pelo menos um pouco de fama) devem também mudar de partido, logo que o presidente Boçalnaro registre no Tribunal Superior Eleitoral a Aliança do Brasil (a Arena-2), sucessora da Aliança Renovadora Nacional, de triste memória, que torturou tanta gente.
É triste, caro leitor, a gente constatar que a Lei não é para todos, né? Não foi amplamente divulgado que o crime de racismo, em flagrante, seria devidamente punido? Ora! E se confesso, deixa de ser flagrante?! Ora, meu povo heroico! Vamos continuar amplamente deitados em berço esplêndido?! Ou aqueles 2 deputados PSListas não se confessaram racistas? Ah, sim! Racismo não é só quando se chama o negro de 'macaco', não! O que os dois falaram a respeito é racismo, sim! O coronel-deputado, que se comportou muito mais como coronel, com todo o ranço da corporação, do que como deputado, representante da sociedade, foi grotescamente racista naquele ato anticonstitucional de violar uma exposição de arte devidamente autorizada pela autoridade máxima daquela casa.
Pois é: os dois deputados, que se candidataram pelo partido de Boçalnaro esperando ser eleitos (e o foram) para ter os seus 15 minutos de sucesso ao lado do presidente, certamente vão continuar buscando o sucesso na sombra do maior e, assim, também mudarão de partido tão logo o seu ídolo de barro registre, no STF (Supremo Tribunal Federal), a sua Arena-2, sucessora da outrora gloriosa Aliança Renovadora Nacional, de triste memória, que, em quase todo o período da ditadura militar, matou e torturou tanta gente, com maior ênfase no tempo do marechal Garrastazu Médici, em cujo governo foi maior a sanha torturadora de jovens, chamados pelo Exército de "comunistas".
Parecia que as greves estudantis representassem uma forte ameaça à segurança. Aliás, os militares até quiseram indicar isso, ao instituir a Lei de Segurança Nacional. Porém, sejamos sensatos: o Exército Brasileiro - fortemente armado à época - não deveria ter sido tão mal utilizado, combatendo com tanto rigor um inimigo tão pouco combativo como aqueles jovens militarmente destreinados. Os governantes mais rigorosos eram marechais, função extinta quando os militares quiseram indicar que começaria uma redemocratização, com o general Geisel. Mas, ô marechais, por que tanto medo, com um Exército bem armado, daquela meninada desarmada? Não teria sido mesmo pura maldade?! (et)
É triste, caro leitor, a gente constatar que a Lei não é para todos, né? Não foi amplamente divulgado que o crime de racismo, em flagrante, seria devidamente punido? Ora! E se confesso, deixa de ser flagrante?! Ora, meu povo heroico! Vamos continuar amplamente deitados em berço esplêndido?! Ou aqueles 2 deputados PSListas não se confessaram racistas? Ah, sim! Racismo não é só quando se chama o negro de 'macaco', não! O que os dois falaram a respeito é racismo, sim! O coronel-deputado, que se comportou muito mais como coronel, com todo o ranço da corporação, do que como deputado, representante da sociedade, foi grotescamente racista naquele ato anticonstitucional de violar uma exposição de arte devidamente autorizada pela autoridade máxima daquela casa.
Pois é: os dois deputados, que se candidataram pelo partido de Boçalnaro esperando ser eleitos (e o foram) para ter os seus 15 minutos de sucesso ao lado do presidente, certamente vão continuar buscando o sucesso na sombra do maior e, assim, também mudarão de partido tão logo o seu ídolo de barro registre, no STF (Supremo Tribunal Federal), a sua Arena-2, sucessora da outrora gloriosa Aliança Renovadora Nacional, de triste memória, que, em quase todo o período da ditadura militar, matou e torturou tanta gente, com maior ênfase no tempo do marechal Garrastazu Médici, em cujo governo foi maior a sanha torturadora de jovens, chamados pelo Exército de "comunistas".
Parecia que as greves estudantis representassem uma forte ameaça à segurança. Aliás, os militares até quiseram indicar isso, ao instituir a Lei de Segurança Nacional. Porém, sejamos sensatos: o Exército Brasileiro - fortemente armado à época - não deveria ter sido tão mal utilizado, combatendo com tanto rigor um inimigo tão pouco combativo como aqueles jovens militarmente destreinados. Os governantes mais rigorosos eram marechais, função extinta quando os militares quiseram indicar que começaria uma redemocratização, com o general Geisel. Mas, ô marechais, por que tanto medo, com um Exército bem armado, daquela meninada desarmada? Não teria sido mesmo pura maldade?! (et)
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