O presidente Jair Bolsonaro - devo tratá-lo assim; é lei - não quis comentar, nesta terça-feira, na saída do Palácio da Alvorada, declaração do ministro Paulo Guedes, da Economia, sobre o cidadão não estranhar se alguém pedir o AI-5. Ele quis mostrar-se natural, ao responder "Eu não falo de AI-5; falo de AI-38?" Aliás, mostrou-se, MESMO, ridiculamente natural. E completou: "Quer falar de AI-38? Falo agora!". Pois é: como foi amplamente divulgado, esse número é o escolhido por ele, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), para o Partido Aliança pelo Brasil, ao qual se filiará como presidente da República Federativa do Brasil.
Mesmo regurgitando-me por tê-lo na Chefia de Estado e na Chefia de Governo do meu país, continuarei no assunto. Afinal, se Jesus e Edir Macedo resistiram com vida no deserto, o ser humano é capaz de sobreviver a muita coisa. Mais: a agremiação política de Boçalnaro ganhou o número 38 porque o ilustre futuro filiado alegou que, sendo a mesma calibragem do revólver mais conhecido do país, será facilmente lembrado. Ô, minha nossa senhora da letra miúda! E mais: o nome da aliança que sucederá a Arena (Aliança Renovadora Nacional), que mais torturou na ditadura militar, foi grafado com cartuchos de armas de balas.
E o boçal acha bonito dizer (como eu ouvi) que apoia a tortura, prestando uma homenagem ao maior torturador do país - um coronel brilhante que existia na época -, e, também, fazendo continência em frente a uma foto do presidente da República de então, em cujo período mais se torturou jovens universitários - desarmados - que, convenhamos, não poderiam ser tão perigosos para um Exército bem armado. Pois é: o hoje presidente da República era então membro desse Exército, no qual foi reformado (como capitão) quando trocou o rigoroso ambiente militar pelo tão mal afamado ambiente político da corrupção. (et)
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