O presidente Jair Bolsonaro (devo tratá-lo assim; é Lei) e o governador de São Paulo, João Dória, comentaram a liberação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou preso em Curitiba quase 2 anos, com o mesmo comentário idiota que minimiza a Justiça brasileira e joga no lixo suas decisões. Eles disseram, em oportunidades distintas, que a soltura do ilustre presidiário não o liberta dos crimes que cometeu e que ainda carrega nas costas. Ô, minha nossa senhora da letra miúda, quem disse o contrário? Ora, o povo festejou foi a soltura de um político preso ilegalmente; foi o reconhecimento de que ele tem ainda a possibilidade de recurso de uma decisão inconstitucional de um juiz - comprado antes do julgamento - para torná-lo inelegível no pleito que se aproximava.
Desde o dia 7 de abril de 2018, o ex-presidente vivia em um pequeno dormitório de 15 metros quadrados, com banheiro, na sede da Polícia Federal no Paraná, adaptado para se enquadrar às características de uma sala de Estado-Maior, benefício concedido pelo juiz comprado Sergio Moro, em respeito por Lula ter sido chefe de Estado. Todos lembram-se de que a prisão foi após condenação, em segunda instância, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso de um apartamento tríplex em Guarujá\SP. Lula foi acusado de tê-lo recebido como pagamento de propina por contratos da empreiteira OAS com a Petrobrás, mas o ex-presidente negou tal negociação, que realmente não foi provada.
Pois é: ninguém disse que a soltura de Lula o teria liberado de outros crimes. Todo mundo sabe que ele tem ainda de responder a seis processos na Justiça, em São Paulo, Curitiba e Brasília. E o fator segundo instância - cuja condenação autorizava prender o reu (foi o caso de Lula) - tanto preocupou a extrema direita que ela já apresentou emenda constitucional para o Congresso inscrever na Carta que condenação em 2ª instancia implica prisão. Pô! Que medo, hein? Será que, daqui a quase 4 anos, vai acontecer de novo? Difícil; muito difícil! Ele não podia ser candidato era agora, disputando justamente com Boçalnaro, num momento em que a indústria bélica só temia perder para o único ex-presidente brasileiro a terminar o 2º mandato com 80% de aprovação. A caça á bruxa precisava ser rápida! (et)
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