Mais uma blasfêmia dessas, seguida ou não de incentivos a um setor industrial, e estaremos na m****. O presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) disse nesta 6ª feira que não tem "apego" à cadeira de presidente da República e que vai continuar lá porque é u'a missão que Deus lhe deu. Ô pecador, se enxerga! - seria a 1ª reação do católico. No entanto, no mesmo dia, o capitão - agora comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras - decretou 4 medidas que explicam bem quem é o seu Deus. Ele autorizou aumentar a quantidade de armas que o cidadão pode comprar e manter em casa, e, também, a quantidade de armas e projéteis. Quer dizer: estava sendo cumprida insatisfatoriamente sua principal promessa de campanha: estimular a indústria bélica. Eis, pois, qual a "missão divina" do Boçalnaro.
O capitão tem dito e repetido - e, na prática, vem preparando o terreno já há algum tempo - que precisa ser reeleito, em 2022, p'ra continuar sua operação de sanear o Brasil e recuperá-lo dos malefícios feitos ao país, nos últimos 16 anos, por uma ala que pretendia, na verdade, era esculhambar tudo e afundar a Nação. E ele "morre de medo" de perder a proteção que tem (sabe que, como foi o escolhido em 2018, pode ser outro em 22). Daí, tudo deve ser arranjado por ele p'ra continuar na função, especialmente se puder manter-se indiferente às funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo, como tem sido.
E na sanha pela continuidade no Governo - mesmo ciente de que o poder não é dele - Boçalnaro faz o possível, até - ou principalmente - utilizar recursos públicos, a exemplo do que fez para garantir as eleições dos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados (dia 1º deste mês), buscando apoio do Congresso Nacional para sua permanência, notadamente na Câmara, onde o presidente que saía manteve a promessa de não pautar nenhum dos pedidos de impeachment presidencial (foram 58), e o capitão não só queria como precisava que tal posição fosse mantida pelo novo presidente da casa, já que, constitucionalmente, o processo de cassação do presidente da República é aberto na Câmara.
Bem... Com a dinheirama distribuída no Legislativo - na forma de emendas parlamentares (que se lasquem o cidadão e suas necessidades, em especial de saúde) -, claro que foram eleitos, nas duas casas do Congresso, o senador e o deputado indicados por Boçalnaro. Resta saber se o deputado alagoano Arthur Lira vai mesmo atender ao anseio do capitão, pois certamente haverá alguma pressão para que seja pautado o impeachment, de modo que Lira deva ceder. Aí, então, assistiremos a um bem montado esquema de trabalho dos congressistas para tentar reverter a situação. Vai ser um grande espetáculo de articulações políticas! E atenção que, nisso, quando eles querem mesmo, são imbatíveis! (et)
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