E atenção todos, de novo! O presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...), ao confessar - na saída do Palácio da Alvorada - que não mandava e não podia segurar um aumento nos preços dos combustíveis, não estava querendo fazer bonito, não. Pois ele não manda mesmo! 'Tai, p'ra todo mundo ver: os preços dos derivados de petróleo e do gás aumentaram mesmo. Não interessa ao presidente se o país está ou não em crise financeira; se os brasileiros que votaram nele estão ou não em condições de suportar reajustes de preços baseados nas oscilações do mercado internacional. Ele sabe que o cidadão brasileiro comum - ou seja, o que tem um dia-a-dia com variantes comuns - não pode arcar com isso, pois nem ao menos conseguiu ainda recuperar-se dos primeiros golpes financeiros sofridos com a covid-19.
Quando precisou eleger os escolhidos da Presidência da República para as Presidências do Senado e da Câmara dos Deputados, o capitão agora comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras soube perfeitamente o que fazer, né? Ele nem foi ao Congresso Nacional conversar com os membros das duas casas do Legislativo federal. Só mandou distribuir dinheiro - e muito, na forma de polpudas emendas parlamentares -, fazendo até lideranças de peso do partido descumprirem promessas à candidata MDBista, não é mesmo, piauiense Dr. Marcelo Castro? E a bonita senadora sul-matogrossense achava que poderia confiar nos seus pares, hein. Ledo engano! Afinal, o capital não faz parceria de graça!
Pois é: 'tá todo mundo vendo. O Boçalnaro quer dar a entender que não se importa com a realidade brasileira nem com a irrealidade que a política econômica nacional traz para o brasileiro, forçado a sobreviver com o mínimo possível - aliás, com o minimum minimorum -, sem nem esperança de obter mais um pouco desse mínimo e, assim, passar a contar com algo mais mesmo que por pouco tempo. Ééé, minha gente, e esse que faz o possível p'ra não ser Chefe de Estado nem Chefe de Governo quer, e trabalha para isso, ser reeleito presidente em 2022. Muita cara de pau, seu Jair! Aliás, que artifícios vão ser aplicados para evitar a tramitação de um impeachment presidencial e, desse modo, poder disputar a eleição? Todo mundo sabe - o próprio capitão, principalmente - que esse é um jogo de cartas marcadas e os concorrentes precisam estar alinhados com o comandante da mesa. E, então, o cidadão comum não importa à mesa o que ele pensa ou acha desse processo. Será que o Boçalnaro já está no ponto? (et)
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