A sugestão do presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...), de reativar as eleições no Brasil pelo voto impresso, anunciada no sábado\7, além de representar um retrocesso na história do país, custará ao poder público - nos próximos 10 anos -, a bagatela de 2 bilhões e meio de reais. A estimativa de custo da medida foi apresentada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), após ser transmitida - ao vivo, pelas redes sociais - no sábado\7, que Boçalnaro propõe já para as eleições de 2022, ou seja: quando ele será candidato à reeleição.
Essa projeção de custos foi feita na verdade em 2017, depois de o Congresso aprovar a impressão de um comprovante físico dos votos nas urnas eletrônicas, que iria exigir a troca dos equipamentos atuais por outros, com impressoras acopladas, e isso aumentaria muito a despesa. A medida foi então barrada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), porque colocaria em risco o sigilo da votação e a liberdade dos eleitores. Essa decisão foi homologada pelo plenário neste ano.
No entanto, o TSE já testou - em 2002 - o modelo proposto pelo capitão, com a implantação do voto impresso em 150 municípios, com 7 milhões e 100 mil eleitores, e um relatório da corte concluiu que a experiência "demonstrou vários inconvenientes e nada agregou em termos de segurança ou transparência". O relatório do Tribunal indicou ainda que, nas seções eleitorais onde houve o voto impresso, foram observadas filas bem maiores que em outros locais de votação.
Existem tramitando na Câmara dos Deputados outras propostas sobre o modelo de votação no Brasil, mas já com pouca expectativa de sucesso, como a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da deputada por Brasília (PSL) Bia Kicis, aliada do presidente Boçalnaro, que determina a emissão de um comprovante de votação a ser usado em eventuais casos de auditorias. (et)
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