O presidente Jair Bolsonaro - devo tratá-lo assim; é Lei - disse anteontem que vai vetar o Fundo Eleitoral que o Congresso Nacional havia acabado de aprovar, no valor de 2 bilhões de reais e não de 2,8 bi que havia sido a proposta inicial do Executivo ao Legislativo. Ora, ora, se o chamado 'Fundão' foi levado aos deputados federais e senadores, pelo próprio chefe do Executivo, com valor bem maior que o aprovado, por que Sua Excelência chamou a nova legislação de 'uma vergonha' e de assalto à coisa pública? Nossa senhora da letra miúda, então o hoje presidente da República Federativa do Brasil, que governa mais de 200 milhões de pessoas, em 27 unidades da federação - que poder, hein? - manda projetos para o Congresso ao seu bel prazer? Sem ouvir sua assessoria? Só p'ra, depois, igual menino mimado choramingando pelos cantos, reclamar que foi abandonado pela mãe?
Ah, não, gente, que cara de pau... Aliás, não, custa repetir: é preciso mesmo muita cara de pau p'ra pedir o registro de um novo partido, na Justiça Eleitoral, sob o n° 38 só porque será fácil para a comunidade lembrar-se do calibre do mais conhecido revólver. Ai! Doeu! E, pior ainda: o nome do partido e o seu n° escritos com letras formadas por cartuchos de armas de fogo! Gente, isso é ótimo para um estudo psicossocial. Esse desvio não pode ser normal! Que mente mais doentia... Se houver uma catástrofe no Brasil, por um imprevisto meteorológico qualquer, todo o contingente humano mentalmente sadio deve cuidar-se p'ra não estar próximo de espécies não evoluídas dessa natureza psicopatológica, podendo com isso não ser confundido, em uma errônea classificação coletiva de espécies.
Sobre o 'Fundão' aprovado, um jornalista brasileiro que hoje mora no Rio (mas morou em Brasília durante o governo Collor) escreveu que, se esse "Fundão 'Sem Vergonha' for vetado, não haverá dinheiro público nas eleições e vai continuar proibido o financiamento empresarial de campanhas", e então "políticos teriam de bancar os próprios projetos eleitorais, sem propina antecipada de empresas e sem atacar os cofres públicos". Ele frisou que "os parlamentares reduziram a 'tunga' de R$3,8 bi para 2 bilhões, mas continua pornográfico o princípio de fazer o cidadão pagar essa conta”. E é o que vai ocorrer, senhor jornalista! Ou será que os 513 deputados e 81 senadores aceitarão passivamente a perda do financiamento de suas campanhas? Não vai haver a derrubada do veto? Ora, ora! (et)
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