O presidente Jair Bolsonaro - devo tratá-lo assim; é Lei - não confirmou nem desmentiu, ontem, na entrada do Palácio da Alvorada, sobre a volta do ensino de 'Educação Moral e Cívica' nas escolas brasileiras. Apenas disse - em resposta a uma jornalista que havia perguntado - que "tem coisa que só podemos mudar em 2022". Quer dizer: indiretamente, deixou antever a possibilidade da volta dessa disciplina, como se ela fosse (o dito da roça) "a salvação da lavoura". Que nada, presidente, ela será a volta do estudo de normas ditatoriais nas escolas, como foi durante a ditadura militar, que, aliás, é o seu sonho, né?
Outra afirmação, do presidente eleito, que indica o seu sonho de manter uma ditadura no Brasil, inclusive ditando o que deve e o que não deve ser lido no país, foi o reforço dado a críticas anteriores a autores conhecidos, com foi em relação ao educador Paulo Freire. Ele disse o seguinte, como que responsabilizando o autor pela situação da educação no país: "Agora, essa filosofia desse tal de Paulo Freire... Vejam como está a educação após 16 anos". Anteriormente, ele já havia qualificado o escritor de "energúmeno". Ô, nossa senhora da letra miúda, que inversão de valores. As crianças não merecem isso!!!
Aliás, em termos de absurdos, Boçalnaro foi ótimo! Para ele, o estudante brasileiro tem de aprender é o que chamou de "coisas úteis", e questionou: "Lembra do ano passado?" E continuou: "Linguagem secreta dos gays? P'ra que isso? O Pessoal me chama de homofóbico, mas o que isso acrescenta? É doutrinação!!!" P'ra finalizar, demonstrou mais uma vez o seu sonho, e frisou que o Enem "deveria fazer uma releitura" do período da ditadura militar. No entanto, foi infeliz ao chamar de "mentiras" as verdades conhecidas da época, que ele gostaria de terem sido escondidas. E desabafou: "Em vez de publicarem as verdades de 64 a 85, os jornais só publicam mentiras". Ai, gente! Doi!!!
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