Por favor, minha gente, socorram-me os que acham que eu 'tô errado. Ok? Pois bem: o presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) fez neste domingo\28 críticas a vários Estados, em mensagem nas redes sociais, e afirmou que os governadores estaduais que mandaram fechar os estabelecimentos comerciais são "responsáveis pelo desemprego em massa, com consequências desastrosas para todo o Brasil", num momento em que mais de 250 mil pessoas já morreram de covid-19 no país. Pois é: nos últimos dias, 12 unidades da federação (RS, SC, PR, BA, SP, CE, GO, PB, PE, PI, RN e DF) fecharam comércios, restringiram a circulação de pessoas e houve casos até de lockdown. Além disso, a Fiocruz confirmou na 6ª feira que a ocupação de leitos de UTI, em 17 capitais brasileiras, estava acima de 80%.
Essa situação de sobrecarga na maioria dos hospitais no Brasil irritou o presidente. Por exemplo, na 6ª feira, ele afirmou: "Daqui p'ra frente, o governador que fechar seu Estado; destruir empregos; ele é que deve bancar o auxílio emergencial". No entanto, o Boçalnaro não indicou como os governadores estaduais fariam para repassar esse auxílio, ficando então praticamente sem efeito imediato a declaração; ficou o dito pelo não dito. Como se recorda, esse auxílio foi um benefício pago em 2020, com recursos federais, e agora o último comentário de Boçalnaro nas redes sociais surge em um momento de preocupação do governo com o crescimento econômico, em que o Banco Central mostra que, no ano passado, a atividade econômica teve retração de pouco mais de 4%.
Vale lembrar que, em 2020, os últimos meses do ano foram marcados por certa recuperação, mas o próprio BC tem indicado que o início de 2021 será de dificuldades. Aliás, desde o início da pandemia, o capitão agora comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras tem sido um crítico do isolamento social pregado por sanitaristas e por organizações médica de todo mundo como um mecanismo de redução do contágio e, consequentemente, do número de mortes. No Brasil, esse isolamento voltou a ser aplicado pelos Estados, em um momento em que o governo federal tem dificuldades para promover vacinação em massa. Até agora, 10 milhões e meio de brasileiros foram contaminados; as mortes já foram mais de 250 mil; e só 3% da população brasileira (6,5 milhões de pessoas) foram vacinadas. (et)
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