Pular para o conteúdo principal

A fatalidade e o bom senso

 

O presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) continua mostrando claramente que não se interessa mesmo  em parecer um Chefe de Estado. A última demonstração  foi na cidade cearense de Tianguá, aonde foi na 6ª feira, de helicóptero, depois de desembarcar na cidade litorânea de Parnaíba\PI  - na sua 3ª ida à cidade, deixando o prefeito Mão Santa satisfeito. A demonstração de desapreço à função de presidente foi em discurso em Tianguá, ao criar neologismo em linguem chula inadequada à função. Ele disse que sofre ataques "todos os dias", mas que não vai desistir do que faz porque "afinal de contas, eu sou imbrochável". 

AH, não, capitão, que falta de classe, hein! Com quem será que Vossa Excelência aprendeu tais expressões? Que nossa senhora da letra miúda nos resguarde de tal aprendizado! Com certeza não foi na academia militar nem no dia-a-dia do Exército Brasileiro, né? Deveria pois guardar tais ensinamentos para quando juntar-se aquela turminha já acostumada, que a gente aqui de fora imagina nem ser do conhecimento do Exército, que, com certeza, não iria aprovar, não é? O capitão foi a Tianguá inaugurar um trecho da rodovia BR-222 que interliga MA, PI e CE. 

Essa história de fechar comércio e proibir aglomerações é um episódio muito especial, que merece ser melhor analisado e, como consequência, melhor avaliado. O capitão agora comandante-em-chefe das Forças Armadas  brasileiras disse que o governador que decretar o  fechamento do Estado e impedir  o cidadão de trabalhar deve pagar o auxílio emergencial p'ra ele manter a família, que no ano passado foi pago pelo Governo federal. Ora, capitão, o estado de penúria do trabalhador brasileiro, hoje, não é porque ele quis; porque o patrão dele quis; porque o Governo quis. Não, capitão, ninguém quis isso. Foi um azar; uma fatalidade; e não vai atingir só o coitado do baixo assalariado. Não, capitão. O presidente é também p'ra isso.

Quando acontece uma fatalidade dessas - aliás, mesmo uma mais amena, que de qualquer modo provoque um sacrifício à população -, a mais alta autoridade do país deve chamar para si a busca de uma solução. Afinal, o cidadão comum, sozinho, não dispõe de toda a gama de ferramentas e medidas necessárias para o enfrentamento do imprevisto. Não é, pois, com uma contenda política e vãs trocas de farpas que a Nação vai conseguir liberar a si e aos seus de um emaranhado de particularidades - às vezes até de fácil solução e de manejo simplificado. E aí entra o bom senso da tomada de decisões sensatas, não estapafúrdias e sem particularidades ideológicas nem de colorações político-partidárias, vistas com a ótica do progresso.         (et)         

.... 




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Portal AZ\ Censura continua...

   Teresina está completando nesta 4ª feira 13 dias com um dos seus principais portais de notícias - o Portal AZ - sendo divulgado com a mensagem "estamos sob censura" e a foto do seu diretor, na 1ª página, com uma tarja preta sobre a boca e a informação de que ele está preso e não pode escrever sua coluna - aliás, o material jornalístico mais lido, todos os dias, há mais de 20 anos, em todo o PI. Arimateia Azevedo - o preso - já é uma tradição nessa prática de ser perseguido e ter matérias fora de circulação; é comum, aqui em Teresina, ele ganhar causas na Justiça, quase todos os meses. A censura à liberdade de expressão - pior tipo de censura à imprensa - está sempre no seu encalço e é sempre vencida pela Constituição. Daí a estranheza de, agora, essa carta não ter sido cumprida.    Já escrevi aqui perguntando 'Cadê o CNJ?' 'Cadê a Constituição?' Ora, não é estranho a gente ler na Carta Magna que é proibida a censura à imprensa e, no entanto, ler em uma...

Regina\ Bolsonaro\ (des)prestígio?

  Ora, ora! Então, a Excelentíssima Secretária Especial de Cultura da Presidência da República achou-se vítima de  "matérias tendenciosas e maldosas", feitas por jornalistas que chamou de "venenosos" em entrevista concedida no último sábado?! Porém, desde que foi nomeada para essa Secretaria, pelo presidente Jair Bolsonaro (ufa, é lei, né?), tem sido vítima - mesmo - é de gente da própria ala ideológica do governo, onde ela se acomodava bem, e de outra ala onde era muito querida (a artística), que, tal qual Sérgio Moro com a sua, largou em troca - certamente - de alguma promessa muito vantajosa.    Realmente, a ex-namoradinha do Brasil não está assim tão prestigiada no governo, não! Vejam que o secretário adjunto da pasta, Pedro Horta, foi exonerado no dia anterior (6ª feira), sem ela saber, por decisão do ministro Braga Netto, da Casa Civil. Horta chegou à secretaria adjunta no final de abril, após ter sido chefe de gabinete de Regina. Da mesma forma (sem ela s...