Aaahhh, finalmente temos o ditador confessando; ele nunca disse que não se sente bem como Chefe de Estado ou Chefe de Governo; apenas demonstrou claramente (muitas vezes) que gosta de ser, e assim se sentir, comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras, gozando no entanto das regalias a que tem direito nas outras funções. Todavia, na 6ª feira, em entrevista à emissora de tv A Crítica, de Manaus, o presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) afirmou que, se for preciso, os militares irão para as ruas manter a calma. E frisou: "Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas, e, se precisar, iremos para as ruas e vamos restabelecer todo o artigo 5º da Constituição".
O capitão voltou a criticar governadores e prefeitos que - denunciou ele - adotam medidas de isolamento social e fazem a população descumprir a Constituição. Pois o Boçalnaro disse que pode mandar as Forças Armadas p'ra rua um dia, sim, p'ra fazer cumprir o artigo 5º e o direito de ir e vir, e também "acabar com essa covardia de toque de recolher, direito ao trabalho, liberdade religiosa, de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores, alguns poucos prefeitos, e que atrapalha a sociedade".
Boçalnaro opinou que o auxílio emergencial "foi o que segurou a ocorrência de um caos generalizado no Brasil", e observou que "não podia manter o auxílio de R$ 600, pago no ano passado, devido ao endividamento público". E garantiu que "Isso tem prejudicado a família brasileira". Para o capitão, o volume de suicídios no Brasil "tem aumentado, com maior desespero na sociedade". Ele acha que se deve dar mais atenção ao vírus, sem esquecer porém outro problema sério, que é o desemprego. Durante a entrevista, o capitão voltou a defender o uso da cloroquina; criticou a imprensa e tocou a mão de mais de 3 pessoas.
Entretanto, gente, mal deu tempo de altas patentes militares se organizarem e veio o protesto à pretensa mobilização das Forças Armadas nas ruas, em defesa do direito constitucional de ir e vir do cidadão comum. Os comandos militares insistem em não se imiscuir no meio político, e que a pequena parcela já engajada automaticamente, em razão de posições que não podem deixar de ser assumidas por alguns titulares, têm suas obrigações e funções já definidas e que, a propósito e por propósito, precisam e devem ser cumpridas e fielmente executadas, tornando-se portanto, por graça e honra de ofício, uma missão cívico-militar. (et)
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