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Chefia de Estado... de Governo...

Ainda bem que Sua Excelência o capitão reformado do Exército Brasileiro Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...), presidente da República Federativa do Brasil, nunca se disse Chefe de Estado nem Chefe de Governo desta republiqueta. Ele gosta de ser comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras, achando que, assim, 'tá liberado p'ra chamar outro chefe de Executivo (estadual) de 'patife' e continuar tudo na mesma. Mas não 'tá, não, ô autoridade! O xingado é um governador de Estado. e Estado forte, filiado a um partido forte, que nem precisa preocupar-se em responder ao seu (inexistente). Pois, seu Jair, nestas alturas dos acontecimentos, o que pode o Sr. oferecer p'ra ter a defesa de um partido forte?

E outra, caro capitão: não pense que só porque estava de moto. no episódio de sábado de manhã, deixaria de ser presidente da República. hein! Portanto, atenção para o que disse às mulheres venezuelanas naquela casa aonde esteve, na cidade-satélite de São Sebastião. Elas receberam a visita não foi de um garotão filhinho de papai que queria conhecer as ousadas vizinhas fugitivas do seu país. Não, Sr. Jair. Elas sabem que quem falou com elas, e prometeu "todo apoio do nosso Exército" (mudou o possessivo; já não é mais só dele), foi o comandante geral daquela Força e das outras duas. Resta saber, prezados leitores, se o Exército Brasileiro vai manter-se apenas guardião da Nação,  como já deu a entender, sem proteger ninguém.

Boçalnaro aproveitou para mais um tapa na cara do governador que ele adora: "Vocês se lembram de que, em todas as vezes que precisaram das Forças Armadas, elas estiveram ao seu lado, e não ao lado de possíveis governadores com viés ditatorial?" O capitão criticou de novo o Supremo Tribunal Federal, por apoiar decretos de prefeitos e governadores proibindo cultos  e missas durante a pandemia. Para Boçalnaro, essa decisão representou "o absurd do absurdo", apesar de o país já ter registrado, em um mês (abril), 27 mil mortes como consequência do coronavírus.   

Voltando um pouco ao comportamento do excelentíssimo comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras, foi também nesse sábado de passeio de moto nos arredores do Plano Piloto de Brasília que o desafiador ocupante dos palácios presidenciais chamou de 'patife' o governador de São Paulo. E ontem (domingo), com o mesmo espírito desafiador, conversando com o senador goiano Kajuru, manifestou-se pronto e disposto a 'dar umas porradas naquele bosta do senador Randolfe". Quê quié isso, capitão Bolsonaro? Por isso. o Sr. resiste a ser Chefe de Estado, né? O linguajar que o Sr. gosta não é próprio,  hein! Pois é, prezados leitores, vejam que presidente de 1ª linha!  Não é nenhuma preciosidade!    (et)


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