O coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ulstra, guru do presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...), que o adorava porque - confessado pelo próprio capitão - foi o grande torturador que ele mesmo não conseguiu ser, foi na verdade, para o vice-presidente Hamilton Mourão, "um homem de honra e respeitador dos direitos humanos dos seus subordinados". Estranho, hein, general, quem era à época tão conhecido, exatamente por ser um tresloucado torurador, ser também respeitador de direitos humanos!
Hamilton Mourão falou sobre o coronel Ulstra a uma rede de Tv alemã, à qual informou ter sido ele o seu comandante no Exército, em fins de 1970, e frisou que muitas coisas que falam dele ("posso dizer, porque tive amizade próxima com ele") não são verdadeiras. Sim, coronel, mas convenhamos que uma verdade tão sólida como aquela não pode ser 'não verdadeira'. Então, por mais que o tenhamos como 'respeitador de direitos humanos', ele não está isento da acusação de torturador, a pior das que podem ser imputadas a um ser humano, e, portanto, também não deve ser perdoado seu admirador.
Pois é: o presidente Boçalnaro já chegou a chamar o coronel de "herói nacional" e dizer que ele evitou que "o país caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer". Isso ele disse depois de um encontro, no Palácio do Planalto, com a viúva do coronel, Joseíta Brilhante Ustra, no ano passado. quando falou: "Eu sou apaixonado por ela. Tive contatos com o marido dela, um herói nacional".
Ah, não, capitão, poderia ter me poupado dessa... (et)
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