O quê? Choque de pragmatismo? Isso mesmo! É o que ele 'ta querendo fazer. É isso o que o presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) planeja promover, na 2ª metade do seu mandato, para tentar aumentar as chances da sua reeleição em 2022, projeto elaborado com a ajuda de assessores de Ministérios. A ideia, na verdade, é fidelizar a aliança com o 'Centrão' e, então, abrir mais espaço para o bloco no 1º escalão do Governo, o que, na prática, garante coligações futuras para reeleger o presidente e, ainda, ampliar no Congresso Nacional a base de apoio parlamentar para aprovação de reformas de interesse do Governo.
Pois é: dentro do pretendido choque de pragmatismo, o presidente Boçalnaro até já sinalizou - a integrantes da sua equipe econômica - que quer, também, aumentar a fatia de investimentos em obras federais, mas com o objetivo real de reforçar a agenda de viagens presidenciais e as previsões de inaugurações pelo país. Aliás, em conversas recentes, assessores presidenciais aconselharam o capitão a colocar em prática o seu projeto já em fevereiro próximo, inclusive com a sugestão de realização de uma reforma ministerial.
O bloco político 'Centrão' já foi contemplado com postos em autarquias federais e outros organismos governamentais, como por exemplo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), além de cargos no 2º escalão de ministérios. Esse grupo é composto por partidos como Progressistas, PL, Republicanos, Avante e Solidariedade. O PSD, que, nas votações parlamentares, é associado, não se diz, porém, componente do bloco. E o Palácio do Planalto já discute oferecer ao bloco pelo menos mais um posto no primeiro escalão, já que, atualmente, só tem o recém-recriado Ministério das Comunicações, do qual é titular o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), genro do dono do grupo SBT, Sílvio Santos.
A indicação, considerada escolha pessoal do presidente, irritou outros partidos aliados do Governo. Então, pessoas ligadas a Boçalnaro acham que o melhor seria oferecer dois outros postos para o bloco partidário, um para o PP e outro para o PL, que são os 2 partidos do 'Centrão' com maiores bancadas na Câmara, com 40 e 41 deputados, respectivamente. Uma das opções é dar a pasta da Cidadania, hoje com Onyx Lorenzoni (DEM), que, de aliado de 1ª hora, acabou perdendo prestígio e no início do ano foi retirado do Gabinete Civil. Para assessores palacianos, o ministro não tem agradado o capitão, além de sua permanência no cargo não agregar apoio político, já que ele não é próximo do comando do DEM. (et)
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