Gente, já faz tempo que - diariamente, pelo simples prazer de (mesmo que só intimamente) fazer as correções necessárias - eu reparo os erros e incorreções de textos no noticiário da imprensa. Aqui em Teresina, os mais lidos por mim são os portais Cidade Verde, AZ e 180 graus. E verifico - todos os dias - grande número de falhas e\ou incorreções gramaticais. Porém, sempre deixei pra lá. Agora, no entanto, resolvi contribuir para textos menos grosseiros e escrever a respeito. Faço questão, todavia, de esclarecer que o faço querendo só colaborar, sem a mínima intenção de crítica ou a prepotência de querer ser melhor que quem quer que seja. Por favor, gente, peço a cada um que compreenda o prazer
de um estudioso da área em constatar a correção de uma escrita; o deleite de um texto escorreito.
Então, imbuído apenas desse sentimento, começo agora o que pretendo seja uma série (quiçá diária) de esclarecimentos sobre falhas verificadas nos noticiários teresinenses. E começo com um título de u'a matéria (erro, portanto, não do repórter) que anuncia "...Dudu diz que pesquisas (plural) não trás segurança..." . Ora, caros leitores em geral e jornalistas e futuros jornalistas em especial, que terão a missão de ensinar a sociedade a escrever corretamente (erradamente, ela já o faz): todo mundo sabe que sujeito no plural - obrigatoriamente - leva o verbo para o plural. Além do erro de concordância verbal, houve também a grave falha de confundir traseira com trazer. Imperdoável!!!
Antes de mudar-me para o PI (já se passaram 12 anos) vivi em Brasília e em Goiânia. Em ambas, nos mais de 45 anos passados, eu já tinha essa mania (quer dizer: coisa antiga!). Entretanto, eu guardava comigo mesmo os resultados. Em outras palavras, já são comuns p'ra mim as muitíssimas incorreções gramaticais verificadas e, contudo, nunca publicadas, nem mesmo em pequenos jornais de circulação dirigida, em que escrevi minhas primeiras matérias assinadas (antes de 1970, quando eu trabalhava na Caixa Econômica de Goiás, onde entrei concursado em 1965 e saí a pedido em 1972).
Na verdade, minhas primeiras correções publicadas foram quando eu fui ombudsman na Radiobrás, por quase 5 anos dos 32 que lá trabalhei, em Brasília, e tive de deixar a função porque algum(ns) dos jornalistas corrigidos sentiu(ram)-se agravado(s) em alguma das circulares que eu distribuía semanalmente nos escritórios da empresa (à época, em todas as capitais de Estados da federação). Eu ouvia todas as matérias gravadas pelos repórteres de todo o país. Era cansativo, mas me era prazeroso (Sim! O prazer da leitura de um texto escorreito; u'a matéria gramaticalmente correta). Enfim, foram muitos anos de escutas, correções e críticas bem intencionadas aos repórteres da Radiobrás (depois, EBC, Empresa Brasil de Comunicação), para quem cobri Câmara dos Deputados, Senado Federal e, consequentemente, Assembleia Nacional Constituinte de 1985/88, de onde fui retirado e recolhido à Redação por ter-me recusado a escrever matérias puxando saco do à época ultradireitista 'Centrão'. (et)
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