O presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar...) deve à população - de novo, desta vez ao povo de Recife - desculpas porque a Polícia da capital pernambucana atacou, com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, cidadãos que se manifestavam nas ruas contra o capitão que hoje é comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras. A manifestação contra o presidente Boçalnaro foi encerrada com bombas de gás lacrimogênio, tiros de balas de borracha, muitas cacetadas e grande corre-corre. A manifestação estava sendo pacífica, mas os manifestantes foram surpreendidos, por uma tropa de choque da Polícia Militar, e a passeata foi bloqueada, já no final do trajeto, e impedida de encerrar o seu protesto.
Pois é: a manifestação era pacífica; e até 200 metros do ponto em que seria encerrada, tinha sido sem atos ou ações de violência; pelo contrário, a violência foi oficial. É interessante a coincidência: nas constantes manifestações a favor do presidente, a polícia não reage. Quer dizer: não é exagero atribuir ao capitão a responsabilidade dos movimentos de rua. Ele se nega a assumir, já que, também, não assume ser Chefe de Estado nem Chefe de Governo. E assim vai levando a carroça: aos trancos e barrancos, e já preparando sua reeleição em 22, apesar de que - a cada dia - sempre aparece algum novo indicativo de alguma dificuldade.
Os policiais de Recife não se preocuparam em proteger políticos. Por exemplo, um video exibido mostra a vereadora Liana Cirne, do PT, sendo atacada com pó de pimenta, ao tentar negociar com um policiai que estava em uma viatura. E, também, um vereador em Recife, do PSol, Ivan Moraes - um dos organizadores da manifestação -, confirmou as balas de borracha e a correria nas ruas do centro da cidade. Informações do local do choque indicam que o ato acontecia de forma pacífica e mantendo o distanciamento entre as pessoas. Entretanto, procurada, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco não quis manifestar-se naquele momento sobre o conflito. E, em uma rede social, porém, a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) disse que a ação policial não foi autorizada pelo governador. (et)
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