'Taí u'a medida acertada, neste Piauí véio. Antes, no entanto, tomara que aconteça. Afinal, nas muitas das vezes, coisas boas imaginadas não passam disso. É preciso vontade política! Mas vamos torcer p'ra dar certo. A ideia é ótima! E a chefa do Ministério Público do Estado, Carmelina Mendes Moura, já recomendou a medida às 224 prefeituras municipais, pedindo informações se há atrasos no pagamento de servidores efetivos, terceirizados e comissionados, e alguma delas já programou gastos em festas carnavalescas neste ano.
O funcionamento dos serviços públicos é uma prioridade para os eleitores, explicou o promotor Sinobilino Pinheiro, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e de Defesa do Patrimônio Público (Cacop). Para ele, é preciso levar em conta que a maioria da população "não quer festas públicas de carnaval sabendo que no seu posto de saúde não tem médico, ou outro profissional de saúde, por estarem as categorias com salários em atraso". Pinheiro diz que é a população deve ver "razoabilidade nos gastos públicos”.
É verdade, gente! Brincar de barriga vazia? Ora, ora! Principalmente brincar o carnaval, uma atividade desgastante e consumidora de energia. Aah, não! Desafiar a Lei de Deus é pecado capital! Quer dizer: vamos gastar muito (folia com pão-duragem não dá certo), para satisfação de u'a minoria e a desgraça de u'a maioria já naturalmente desassistida, em nome de quê? Como a própria festa já indica, em nome de uma festança em homenagem aos abusos carnais. E os trabalhadores sem salários p'ra comprar comida? Hein? E as crianças sem comida nas creches? E os recém-nascidos desassistidos nas maternidades?
Como diria Castro Alves, " Ó, mar, porque não apagas com a esponja de tuas vagas, do teu manto, esse borrão?" Que venham astros, noites e tempestades varrer nossas verdades... Limpar a nossa realidade nesse imenso oceano de mentiras e falsidades que vem a ser a coisa pública (a res-publica).
A intenção da Procuradoria Geral de Justiça do Piauí era fazer essa limpeza até o final desta semana (16/fev), mas...
Sinobilino Pinheiro chegou a escrever:“A recomendação também serve para prevenir aqueles gestores municipais que pensam em empenhar recursos, ou para aqueles que já empenharam, os suspendam".
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