Atenção, caros leitores (e raciocinem friamente sobre esta realidade): jamais, na história política deste país, a Câmara dos Deputados teve protocolados mais de 60 pedidos de impeachment do presidente da República (o último deles chamado de super-requerimento, por ter sido apresentado por quase cem parlamentares, partidos políticos e entidades representativas da sociedade civil brasileira). E - o que é pior - todos trancados pelo presidente da casa, deputado alagoano Arthur Lira (só ele pode fazer tramitar um pedido de impeachment presidencial), que já afirmou a intenção de não liberar nenhum requerimento. Porém, já foi com esse objetivo que o presidente Jair Bolsonaro (Ufa! Vai passar,,,) gastou tanto, com os deputados e senadores, na eleição das Mesas diretoras do Congresso Nacional.
E mais: o capitão que agora é comandante-em-chefe das Forças Armadas brasileiras (mas não faz questão de ser Chefe de Estado nem Chefe de Governo da República Federativa do Brasil) amplia a cada dia sua campanha para ser reeleito no próximo ano, como se, na verdade, só prevalecesse a sua vontade de continuar usando folgadamente as instalações do Palácio da Alvorada. Ele precisa é tomar cuidado com essa folga, pois está sendo observado de perto por uma corrente que - embora não diga -tem lá suas restrições a certas atitudes do comandante, que continua se achando imune e desafiando a sorte, sem se importar - aparentemente - com a redução, facilmente comprovável, do seu prestígio.
Seu Jair, caros leitores, acha que seu prestígio não se desgasta no dia-a-dia; que as manifestações públicas contra ele não significam mais do que reações populares sem maiores consequências; e, então, o seu potencial eleitoral vai continuar o mesmo, ou, pelo contrário, aumentar diretamente proporcional à intensidade das variações de manifestos de rua, que se intensificam quase que diariamente. Quer dizer: o capitão avalia que os tratamentos descorteses dele para outras autoridades, em nível nacional e internacional, não vão se refletir em outros setores das relações governamentais e palacianas, e, assim, ele continua se comportando como um aventureiro que não vai precisar de outros setores. (et)
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