Caro estudante ou aprendiz de Jornalismo, futuro jornalista profissional (aquele que se dedica à profissão, com o devido registro na DRT e demais exigências legais): nunca se esqueça de que, na colocação de pronomes, a primeira regra é um sujeito só leva um verbo para o plural, e a segunda é pronome atrai pronome, assim como negativa atrai pronome. E ainda: verbo reflexivo é que leva o pronome. Então, 'eles foram ao banco pagarem as contas' é errado; 'eles dirigiram-se ao caixa' não é correto; 'ele não dirigiu-se à mãe' também não é; e ainda: 'o comércio se abriu hoje' não está certo.
À primeira vista, parece claro e lógico! Mas só PARECE! Todos os dias, vejo na imprensa escrita de Teresina (principalmente nela, que olho diariamente) e em outros veículos de comunicação esses erros citados e outros também graves. Ou seja: os jornalistas mais jovens e|ou menos velhos não se esmeram nesse particular. E isso é muito ruim, pois a sociedade em geral e os jovens em particular já se habituaram a achar que as coisas divulgadas pelos meios de comunicação são as mais corretas.
Deveriam ser, mesmo. Mas ô ledo engano! E dirijo-me aqui aos jornalistas porque são os primeiros a usar o poder da comunicação de massa para falar aos seus semelhantes. Frustra-me constatar que o fazem sem o mínimo peso de consciência por transmitir uma informação errônea a quem é, na verdade, o responsável pela manutenção da escola onde ele aprendeu as principais dicas para um correto exercício das suas atividades, que é o cidadão pagador dos impostos que o Governo (maiúscula: instituição oficial) cobra para prestar tal serviço a toda a comunidade.
O jornalista aprende, quando ainda na escola, que a Comunicação Social é assim chamada porque é feita da Sociedade para a Sociedade, e carece de pressa na transmissão da mensagem porque precisa ser captada pelo receptor de imediato. Por isso, essa integração deve ocorrer direta e corretamente, com termos claros e precisos, pra ser entendida no primeiro momento e não oferecer possibilidade de má interpretação e, consequentemente, possível aplicação errada de uma orientação à comunidade.
Então, é claro que o jornalista deve, primeiramente, conhecer as palavras e construções de frases e períodos perfeitamente inteligíveis, lembrando-se SEMPRE de que faz Comunicação Social, isto é: manda recados para a sociedade. Portanto, jamais se esquecer de que ela é formada por grupos sociais diferentes, cada qual com o seu próprio modo de se expressar, e, assim, a mensagem deve utilizar termos e construções a serem captados imediatamente pelo taxista; pelo advogado; pelo médico; pelo engenheiro; pelo açougueiro; pelo general; pelo religioso; pelo servidor público mais e menos graduado; pelo pedreiro; enfim, por toda a sociedade, sem distinção de cor, sexo ou religião.
Em síntese, o jornalista é quase um artista: deve atingir a todos ao mesmo tempo, mas com uma diferença entre as duas categorias: o artista precisa ter o dom de saber fazer arte e o jornalista precisa saber diferenciar os reais significados das palavras, que ele pode aprender lendo. Enfim, tudo se resume a uma questão: não cultivar a preguiça intelectual de não fazer leitura de textos e livros. (et)
Em síntese, o jornalista é quase um artista: deve atingir a todos ao mesmo tempo, mas com uma diferença entre as duas categorias: o artista precisa ter o dom de saber fazer arte e o jornalista precisa saber diferenciar os reais significados das palavras, que ele pode aprender lendo. Enfim, tudo se resume a uma questão: não cultivar a preguiça intelectual de não fazer leitura de textos e livros. (et)
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